Conheça várias sugestões que viabilizam a intervenção pedagógica em sala de aula, preparadas com carinho para te ajudar.
Olá! Que bom ter você aqui!
É inquestionável a importância da intervenção pedagógica em sala de aula, planejada intencionalmente. Pois, a quantidade de alunos que não consegue escrever, ler, compreender o que lê e resolver problemas simples de matemática, só aumenta.
Incluir intervenções em um dia letivo cheio de demandas e em uma sala de aula lotada, representa um desafio significativo.
Por isso, as escolas precisam se organizar bem, planejar coletivamente, sendo que os gestores e coordenadores precisam dar todo o suporte necessário aos professores.
Sabemos que não é um processo fácil. Contudo, algumas estratégias podem auxiliar na implementação.
Neste post, vou apresentar algumas sugestões de intervenção pedagógica em sala de aula. Apesar de que o contexto de cada escola é diferente, assim como de cada turma, algumas práticas têm facilitado o atendimento aos alunos com defasagens ou dificuldades de aprendizagem.
Planeje a intervenção pedagógica com base em dados
Comece com uma avaliação diagnóstica das habilidades essenciais que o estudante precisa ter desenvolvido para aprender o que é ensinado no ano atual.
Não faltam avaliações durante o ano letivo (pelo contrário)! Então, aproveite esses dados para fazer uma análise minuciosa. Ela será muito útil para orientar as decisões.
Defina o público da intervenção
- Quantos alunos precisam de intervenção?
- Quais são esses alunos?
- Em quais habilidades?
Defina níveis para a intervenção
- Se a maioria dos estudantes estiver com desempenho abaixo do esperado em determinada(s) habilidade(s), você pode planejar intervenções para toda a turma.
- Se há muitos níveis de aprendizagem na turma, uma sugestão é agrupar alunos com níveis próximos. Assim, cada grupo vai receber intervenções personalizadas para a necessidade daqueles estudantes.
Dessa forma, a turma toda está envolvida na intervenção. Porém, os alunos mais avançados vão realizar atividades adequadas ao seu nível de aprendizagem. Com um nível de complexidade maior.
Enquanto os alunos com dificuldade de aprendizagem também realizam atividades planejadas intencionalmente para que avancem a partir do nível em que estão. Portanto, com um nível de complexidade menor.
Essa prática evita que alguns alunos fiquem ociosos e prejudicados, pois todos os grupos têm a oportunidade de avançar. Não realizam atividades nem fáceis demais, nem difíceis, mas apropriadas às suas necessidades.
Além disso, realizar agrupamentos produtivos não apenas ajuda no planejamento e organização das intervenções. Pois, os estudantes também podem trocar conhecimentos e aprenderem uns com os outros, o que ajuda muito na aprendizagem.
Vale destacar que os grupos não precisam ser sempre os mesmos. O planejamento precisa ser flexível para realização de mudanças quando houver necessidade.
- Se algum ou alguns alunos precisarem de um atendimento individual, uma alternativa é planejar intervenções ainda mais específicas para a necessidade particular do estudante.
Uma intervenção individual fora da sala de aula é o ideal. Porém, quando não é possível, o aluno pode realizar atividades diferenciadas em sala de aula.

Planeje atividades diferenciadas
A diferenciação pedagógica é muito útil para intervenção em sala de aula. Com pequenos ajustes, uma mesma atividade pode ser diferenciada para diferentes níveis de aprendizagem.
Assim, os alunos não ficam chateados de estarem fazendo uma atividade completamente diferente de um grupo avançado. Pois, a proposta é a mesma, por exemplo, um mesmo jogo ou texto. Porém, a complexidade é ajustada para a necessidade de cada grupo.
Conheça a metodologia Rotação por Estações
A metodologia Rotação por Estações tem sido muito utilizada. A proposta consiste em organizar a sala de aula em diferentes estações de aprendizagem, sendo que cada uma contempla um estilo de aprendizagem.
Por exemplo, uma oferece um jogo pedagógico, outra apresenta um vídeo explicativo, uma terceira propõe uma atividade prática.
Os estudantes são divididos em grupos menores e, ao longo da aula, se revezam entre as estações, de modo que todos tenham a oportunidade de experimentar cada atividade planejada.
Uma atividade não pode ser pré-requisito para outra. Pois, enquanto um grupo começa na estação 1, por exemplo, outro grupo começará em outra estação.
Quando for preciso diferenciar as atividades, uma dica é organizar envelopes de cores diferentes. Vamos supor: o grupo de alunos com muita defasagem, utiliza as atividades do envelope verde, enquanto o grupo de alunos que está em um nível mais avançado, fica com o envelope azul (claro que sem deixar isso explícito para os alunos).
Essa é uma estratégia que pode contribuir com a intervenção pedagógica em sala de aula.
Defina um cronograma
A efetivação das intervenções fica mais bem assegurada quando há um cronograma bem definido. Pois, se esperarmos um tempo que sobra, nunca será possível executar a intervenção pedagógica, já que as demandas são muitas.
Já quando há um cronograma, ficam determinados os dias e horários que serão reservados para a intervenção pedagógica. Por exemplo, de três a cinco vezes por semana, durante aproximadamente 30 a 50 minutos.

Monitore o processo
As avaliações formativas são excelentes para monitorar o processo. A partir delas, podemos avaliar o desenvolvimento dos alunos e ajustar a intervenção conforme necessário.
Envolva os pais ou responsáveis
Disponibilize recursos e sugestões para os pais ou responsáveis apoiarem a intervenção e estimularem os filhos em casa.
Apesar de não ser muito otimista com essa proposta, se uma minoria de pais contribuir, já fará uma grande diferença na vida escolar dessas crianças.
Comemore cada pequeno avanço
Um avanço, ainda que seja pequeno, é fruto de seu empenho e dedicação. Registre esses progressos para que você possa visualizar os resultados obtidos.
Comemore com os alunos também, reconhecendo seus esforços. O reforço positivo aumenta a motivação e mostra para as crianças que elas são capazes de aprender.
Certificados, lembrancinhas, medalhas, entre outros, podem ser usados para parabenizar o aluno pelo esforço. Pelo esforço e não pelos acertos!
Conclusão
Realizar a intervenção pedagógica em sala de aula, durante o horário regular, é um desafio para os professores.
Porém, quando não há possibilidade de realizá-la no contraturno, essa é uma alternativa para garantir o direito à aprendizagem a todos os estudantes.
Qual sugestão você acrescentaria para que a intervenção pedagógica em sala de aula seja viabilizada? Seu comentário será muito bem-vindo!